Capítulo 30 - The love won.

                                                         

  Chegamos ao fim. Essa é a realidade. A nossa realidade.

 Abro os olhos com dificuldade, tentando descobrir onde eu estou. Procuro por Liam, e ele não se encontra. Poderia jurar que ainda sentia resquícios de dor. E quando finalmente meus globos oculares fitam a cena. Vejo uma sala de hospital. Me vejo presa em uma cama. Sinto como se estivesse morta. Viro a cabeça com dificuldade e então o encontro. O garoto das sensações. Andrew. Sem óculos. Meu coração começa a palpitar, sinto raiva. Meus pulsos se regem.

– Cadê o Liam?

Vejo na expressão do garoto, um sorriso. Olhos inchados.  Ele se ajoelha no chão e começa a gritar, agradecendo a Deus. E chorando.

Começo a sentir uma tristeza ao ver filmes em minha mente da realidade. Era a realidade. Essa era a minha realidade. Liam tinha razão.

Eu tinha tido um coma. Essa era a minha realidade. Sinto dores pelo corpo inteiro. Olho para a minha mala, e nela vejo uma blusa. Uma blusa da boyband One Direction. É claro! O que mais eu poderia imaginar? Sinto as lágrimas escorrerem, e manchas de sangue na minha roupa de hospital revelam a minha dor. Olho para Andrew que chama um médico. Sinto vontade de ser imortal, viver, para sempre.

Sinto vontade de ter poderes. Poderes que me levem a ele. Porque o que sinto por Andrew não é nem próximo.

Essa é a minha destruição, sinto meu corpo débil agonizar de dor. Era tudo uma fantasia. ERA TUDO UMA FARSA!

Eu prometo, eu prometo que serei meu próprio inferno. Prometo que me distanciarei, e que procurarei sentir isso mais uma vez na vida. São como drogas, elas te prendem de uma forma tão... Crápula! Eram assim minhas sensações de energia, eu estava ávida por mais e para eliminar todos que não fossem de meu agrado. Era imprescindível! Como pude sonhar com algo tão realista?

Eu precisava vivenciar tamanha magnificência mais uma vez na vida... Eu necessitava entrar em êxtase, eu necessitava sentir-me renascida.

 Ao contrário, hoje me sinto morta. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, dou um sorriso maníaco. Vi a sombra de Liam fora de minha cama, levantei-me e o fitei com manchas de sangue pelo corpo, olhei bem. A fitei. E então, soei sem áudio:

– Até que a morte nos separe. Ou que elas nos junte. – disse, acreditando que era totalmente iminente.

E pela última vez senti aquela sensação boa, e o vi evaporar como se nunca houvesse existido.

E volto ao meu mundo mórbido, morto, sem possibilidades de renascer.

Olho pela janela da bonita sala. Garotas desfilando pela rua, cochichando coisas inúteis, como “A One Direction está no Brasil”. Foda-se.

Não é momento de lembrar disso.

Viro-me para Andrew, que aparece com um homem de postura, impressionado com meu estado, saudável porém mortal. Olho para seu lado. Vejo uma mulher.

 Como se não bastasse ser uma mulher, ela era a minha mãe. Mais lágrimas caem. Vou abraça-la, e aperto com tanta força.

 Depois solto e fito tudo. Eu era só mais uma directioner. Mais uma. Merda.

LIAM P.O.V’S

Abro os olhos com dificuldade, devido a claridade do sol. Meu coração ainda palpita por conta de mais um sonho fictício, meu maior sonho era encontra-la. Essa menina que me deixa louco, que provavelmente foi inventada pelos poderes de minha mente, por algo que eu inventei. A menina dos meus sonhos simplesmente não existe.

Harry adentra no quarto, e relato meu sonho de hoje, ele apenas diz:

“é mentira. Nada disso nunca existiu, Liam”.

Eu sinto que é real. E não vou desistir até que seja.

SEUNOME P.O.V’S

Entro na minha casa. Com meus pais juntos. Ainda não consigo acreditar nisso. Abraço minha mãe, e meu pai também. Era uma pena, que eu iria tê-los por tão pouco tempo. Junto com eles, Andrew estava. O chamei para o meu quarto, e ele já iria me beijar, mas apenas o empurrei. E disse que tudo estava acabado. E que nunca existiu. Vejo ele me fitar com descrença, mas apenas assenti. E o expulsei da minha vida. Para todo o sempre. Pretendo fazer o mesmo com a minha própria vida.

Sinto algo quente escorrer pelas minhas bochechas. São as tais lágrimas. Novamente eu juro, não vou ser como antes. Tento recordar de meus amigos.

Os amigos antigos.

Zoe nunca existiu. Matt também não, Amber... Ninguém.

Agora eu entendo bem, eu sei. Aquela sensações eram alertas. É  melhor eu desistir de procurar uma explicação, tudo sempre esteve em minha mente.

E assim se passaram aqueles dias em frente a janela, olhando para a mesma, Sempre irei sentir falta das lentes vermelhas e das roupas esquisitas de Zoe. Fecho os olhos, e penso em pedir para me mandarem para lá de novo.

Mas pelo menos tenho minha mãe. Acho que esse é o verdadeiro aprendizado da vida. Se queremos algo, temos que abrir mão de algo mais importante ainda. Ou até o mesmo nível.

Eu poderei fechar os olhos, mas mesmo assim continuarei a vê-lo. Eu poderia tampar os ouvidos, e mesmo assim ouvi-lo, e assim eu choro mil e uma vezes por ele. Esse é o meu destino. Uma adolescente com ódio mortal por dentro, desejos e um sonho tão longo que eu realmente merecia um emmy.  Um emmy também por partir corações. Sou profissional nisso. Enquanto eu me escondia atrás da cortina, podia ver lá na rua Andrew parado em frente ao carro, olhando para a minha janela, na vaga esperança de eu descer. Olhos ainda inchados.

Me passa na mente tudo o que ele já fez pra mim. Consigo sentir na pele o que ele sentia quando me beijava. Eu o entendo.

E hoje. Hoje. Ele me ligou, pedindo para eu encontra-lo em um bar. Sua voz implorava trêmula, voz de choro. Aceitei.

Eu nunca tinha visto Andrew chorar na vida. Ele sempre tinha uma barreira de pedra. Passava por cima de tudo e todos. Hoje sei que sou tão forte a ponto de quebra-la.

Narrador.

E ali, Andrew esperava, na mesa de um bar, com os olhos inchados, recordando e comemorando as vinte e cinco madrugadas na janela da menina. Seu coração estava partido e sua mente só se focava nela. Pele trêmula, os olhos, as vezes parecem que vão cair de tanto chorar. Não existem finais felizes. Isso ele poderia dizer.

Ele a ama. Mais do que a si mesmo.

SEUNOME P.O.V’s:

***

Afasto o copo, mas só um pouquinho para ele não perceber. Ele me olha, e então diz:

– Eu te amei.

Fico sem dizer nada, vendo que ele tem algo a mais para dizer.

– Te amei muito. Qual é a razão de tudo isso?

– Não sei.

– Viu aonde fomos parar? Três anos jogados fora?

Dou de ombros, crendo que seja útil.

– Eu não sei o que aconteceu comigo. – digo – Mas pelo que eu sei, foi você quem me traiu.

– Não. Eu já te expliquei o que aconteceu. Você sabe muito bem.

– Me desculpa por fazer isso?

– Não. Estava preparando tudo para a nossa primeira noite e você faz algo desses...

– O que eu fiz?

– Simplesmente me expulsou. – as lágrimas escorriam pelo seu rosto.

– Eu sou apaixonada por um outro alguém.

– Por favor, namorar um menino de boyband é impossível.

– Eu te amei.

– Não venha querer mudar de assunto.

– Andrew... Eu...

– É aqui que termina?

– Acho que sim.

– Desse jeito?

– Não sei...

– Sem final?

– Não era nem para ter começo.

– Você tem certeza de tudo isso?

– Mais certeza impossível.

E me levanto, indo até a saída. Saí e comecei a andar para a rua, chorando. De repente vejo Liam. Passando rodeado de repórteres e coisas assim. Começo a me lembrar de quando eu estava no hospital, sobre o que aquelas fãs malucas diziam. Até antes do coma eu era uma delas. Fico com uma imensa vontade de chorar. Se eu fosse como antes, correria até ele e pediria uma foto, mas apenas observei. Eu meio que já sabia tudo o que ele poderia me causar, e se tudo que eu acho que ele pode me causar foi mentira, prefiro continuar acreditando que é assim. Passei em frente dele, para vê-lo melhor. Achei que ele nunca iria reparar em mim. Mas ele reparou.

Ao me ver, ele abre a boca. Corre até a mim e olha em meus olhos.

– Garota, desculpa, mas eu preciso ver uma coisa.

Ele toca as minhas mãos.

Sinto uma coisa brotando. E tenho certeza: era aquela energia. Tão renovadora e que me faz renascer, olho no fundo de seus olhos e me sinto hipnotizada. Ele começa a chorar de emoção. Entramos em êxtase. Meu coração palpita e me sinto esperançosa. Me sinto bem, me sinto como nunca. Me sinto... como eu me sentia. Até melhor. Eu me sinto... Uma nova pessoa. As ondas de energias pulsam pelo nosso corpo, e é uma conexão única, só nossa. Só nós entendemos... O quanto isso é bom. Me senti mais renovada ainda quando soube que era recíproco. Sinto como se estivesse em plena liberdade, flutuando, me sinto maravilhosamente bem, com sensações estupendas indescritíveis.

– Então é isso? – ele diz, recuperando o fôlego de tanta energia – Tudo o que eu sonhava seguido era... Verdade? É isso? Não consigo entender, porque há tempos atrás me diziam coisas... E você é tão igual... Eu... Me desculpe, isso deve estar sendo um sonho.

– Não ache que eu nunca sonhei com isso também. Você lutou, Payne. Você lutou. Não é mais uma realidade inventada. E eu... Eu não tenho medo de você, Liam James Payne. É só um começo. E mais uma vez, até que a morte nos separe. Nosso amor venceu. 

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Chegamos ao fim. "Se o amor é fantasia, eu me encontro ultimamente em pleno carnaval" - Vinicius de Moraes.

Não sei se vai ter outra temporada... Mas planejo. Vocês tem que comentar dizendo o que acham, também não vou escrever para ninguém ler... Comentem dizendo o que acham

 Agradecimentos e etc: 

Queria agradecer primeiramente á todos que leram e comentaram.

Acho que se não fossem vocês eu teria desistido desde o começo.

Agradeço para a minha mãe, que cedeu o word quando eu estava de castigo.

E ao meu padrasto também, que é o único que se importa com o que eu escrevo realmente.

Sou apenas uma amadora.

Essa estória não é nada.

Eu não sou nada.

Mas como diz Clarice Lispector:

Enquanto não houverem respostas, eu continuarei a escrever.

Mesmo que isso aqui seja ridículo.
Queria agradecer a Deus por me fazer achar formas de fazer o que eu mais gosto.
E por último queria agradecer á Mandy! Eu sei que a gente briga muito
e que ela me acha chata pra caramba
mas só nós dividimos ideias :). E também
se não fosse ela eu não estaria aqui.