Capítulo 26 - The love won

“O segredo do amor é maior do que o segredo da morte.”

Oscar Wilde

  De repente ela vê o corpo a voltar a forma comum, e sente um frio repentino na barriga ao lembrar do que Liam havia dito. Soa, as mãos trêmulas. E então decide correr ao estacionamento, aonde encontrara Liam a frente de seu carro.

– Por favor, Liam... Eu não consigo mais me...

Sente um apagão percorrer por todo o corpo. E de repente percebe que está a beira de um abismo. Um abismo horripilante.

Cai em uma terra vazia e sombria, tendo flashes dos quais não consegue distinguir, seus lábios úmidos e olhos lacrimejados insinuam sua tristeza.

  Pelejando para voltar ao mundo real, suas correntes sanguíneas se fortalecem, fazendo o coração palpitar com velocidade máxima, a sua frente, ela poderia ver imagens embaçadas... Que talvez esclarecera suas dúvidas.

  Ávida para sair daquele lugar brutalmente assustador, ela se levanta e é iminente. Uma tragédia iminente.

  Vê um vulto majestático, tampando o lugar e a dominando, em menos de segundos uma grande tela cristalina a revela as coisas realmente reais. Era imprescindível não sentir-se chocada ou machucada, ela apenas fitava tendo imagens horríveis vindas da tela. E então... Então, ela... Tem certeza de que... Bem, os choques de realidade aconteciam cotidianamente.

  Sente uma luz dourada forte que a salva, sua imagem vai voltando, respiração curta, lábios molhados ela ouve o sinal da segunda aula soar. E Liam já não estava mais ali. Seca as lágrimas e corre para a sala, com a sorte gigante de que a professora de português houvera faltado, corre para o seu lugar, com toda aquela viagem esquisita martelando em sua mente.

– O que aconteceu? – Ah não! Ela tinha essa aula com Dre.

– Só estou com uma dor de cabeça, acho que pode ser enxaqueca, mas nada de mais.

– E porque os restos de lágrima? – ele vai com a mão em direção ao seu rosto.

Ela fecha os olhos, preparada para sentir uma morte fictícia em sua pele, quando a sombra de Liam aparece.

  A sombra a toca, fazendo os efeitos do toque de Andrew nem existirem.

– Estranho...  – Andrew diz após secar suas lágrimas – Pela primeira vez não foge e... – abaixa a cabeça, sentando-se na cadeira vazia a sua frente – me ignora ou ofende – ele diz quase inaudível – sinto que... – as palavras não saem, e estralar os dedos é uma forma de disfarçar o nervosismo do garoto. – você não sente, não é?

A garota sente-se mal, pensa duas vezes, abaixa a cabeça, e diz:

– Você sabe das ilusões amorosas, não? Me desculpe mas... Eu não... sinto. – ela finaliza, se sentindo péssima.

  Andrew, com raiva levanta-se rápido da cadeira com os olhos marejados, e com os passos firmes ele sai da sala.

 Lá se vai um amor.

Lá se vai uma esperança.

Lá se vai... Um coração deslumbre, bondoso e intacto, sem nenhum arranhão.

***

– O que aconteceu para você ficar com os olhos cheios de lágrimas e não tirar os olhos do PSP por nada? Quer dizer, não tirar os olhos do PSP é comum, mas ficar chorando que nem gay e com essa cara aí você nunca ficou – Matt crava os dentes em sua metade de laranja.

– É verdade. – Zoe passa um guardanapo nos lábios com migalhas marrons – graças ao bolinho de chocolate – e pega um espelho e um batom, retocando os lábios pretos.

– Me deixem tá bom? – ele tira os olhos do PSP – é coisa de idiota, babaca, iludido.

– Pun... – Matt ri antes mesmo de terminar a palavra. – Deixa pra lá.

– Vai se foder seu gay – Andrew diz fitando o PSP de novo.

SeuNome apenas fita, sentindo a dor do garoto a sua frente, com vontade de simplesmente abraça-lo. Mas ela não pode.

– E você SeuApelido? – Zoe a fita – Porque essa cara de morte.

– É o tradicional dela – Andrew diz – Não aconteceu nada, absolutamente nada.

– Oi SEUNOME – Zoe destaca o nome – hein? O que aconteceu.

SeuNome somente diz:

– Talvez alguém realmente esteja morto, ou ressuscitando – ela pega sua bandeja e se levanta.

– Credo – Amber tira os olhos do livro.

– Maneiro – Zoe diz, sorrindo.

Andrew segura novas lágrimas e volta a jogar, mas sem nenhuma atenção no jogo.

– O que aconteceu, volte para lá. – A aparência antigamente cotidiana e tristonha de Liam some ao sentir as energias de SeuNome.

– Está me expulsando? Oh não, você não é o primeiro. – joga a bandeja no chão e sai correndo para a sala.

Todos do intervalo a fitam, pensando algo do tipo:

“Até que é comum, ela é esquisita mesmo”.

Oie. espero que tenham gostado e por favor, comentem! Só de comentar, vocês me motivam a usar computador escondido, passar noite em claro para escrever... Deixar de estudar para escrever (por uma glória de Deus a prova foi adiada pra sexta). Eu não sei o qaue seria de mim sem os comentários de vocês, sério s2

 Update: Pessoal, vejam se gostam disso:
"Fito seu corpo derramado pelo chão, com lágrimas a tona deito-me ao seu lado, deixando que me ensope de sangue em partes. Em um piscar de olhos, seu corpo desaparece, como se nunca houvera existido. E então, bem... Fito o revólver. As balas. E por fim. Levanto-me. Posso dizer á mim mesma: Sou a pior. A pior criatura que eu mesma já vi na vida..."
Esse é mais um de meus suspenses, e você pode ler o resto do prólogo aqui.
E se for ler, obrigadas eternos!