Capítulo 8 - The love won

14 de jul. de 2013 | | |
“Chorei três horas, depois dormi. Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total."
Caio Fernando Abreu.
P.O.V’s
Depois que todas aquelas aulas chatas passarem-se em vão, finalmente o intervalo chega. Finalmente em certa parte. Eu, depois de tanto continuar, parei de chorar e a situação já estava com algum controle.

Caminhei até o pátio grande e me direcionei até a mesa de Matt. Acho meio esquisito a denominar assim porque lá não tem nenhum dono. Creio que seja por exatamente isso que tenha a mistura de estilos. Ouviam de Justin Bieber (Abbie) á uma coisa mais pesada como Beatles (Andrew) ou Evanescence (Obviamente, Zoe) eu, ultimamente me deixava levar pela música que condiz com meus sentimentos. Não estava com nenhuma fome, por isso não passei no refeitório.
— Oi – Andrew diz baixinho.
Todos se entreolham.
— Oi. – Respondo um pouco mais alto com um sorriso no rosto.

Liam Payne P.O.V’s:
Acordo de meus devaneios, e paro de fitar a garota como se ela fosse a única coisa do mundo. Engulo seco, o sinal soa, corro para o vestiário masculino.
Tiro os fones. Coloco as roupas de Educação Física. Entro na quadra e não consigo parar de prestar atenção no campo feminino. O jogo começa. Coloco-me em posição, coloco os fones e coloco qualquer música do 50cent que me faça prestar atenção no jogo. Começo o basquete, e de cara faço uma cesta.

Ao a aula terminar, corro para o pátio e passo na cantina, pegando uma garrafa d’água e voltando para o vestiário a bebendo. Na metade do caminho, quase me engasgo ao vê-la chorando. Sinto um vazio aqui dentro. Minha vontade é de colocá-la em meus braços e niná-la, dizendo que tudo ficara extremamente bem.
Mas simplesmente passo reto como se nunca tivesse á visto. Vou até o vestiário e troco de roupa, caminho para o intervalo, que é o próximo horário.

A vejo na mesa de Matt, conversando com Andrew. Aquilo me deixa tão machucado que uma dor em meu coração me domina.

Não era um tipo de coisa de realidade, que você se apaixona conhecendo alguém. Eu não estava apaixonado por ela, mais a via de um jeito tão esquisito. Sem contar como ela anda tristonha, parece que ela é um espelho. Uma versão feminina de mim.

Lutar contra os encantos da Abbie está sendo mais difícil do que nunca, mas preciso recuar, mas cá entre nós: parece impossível!

Ele me segue aonde eu vou, não importa se eu já tenha cedido uma vez, ela demonstra querer mais. Estou prestes a cair de novo, ainda mais com essa cena do nerd da escola falando com ela. Ela deve me achar um idiota, um retardado... Chego próximo á isso.

Pego minha bandeja e vou para a minha mesa, a fitando, como eu fazia desde o dia que ela chegou. O que eu não entendo, é porque não consigo agir com ela como se eu fosse uma pessoa normal... Sinto que sou culpado por ter feito ela  sofrer de alguma forma no passado, sinto a consciência pesada. Mas creio que a única coisa cruel, maldosa que já fiz, não foi em direção á ela.

É isso. Sinto uma onde de pensamentos vir em minha cabeça, uma onda de hipóteses, uma culpa cai sobre mim, suor. Mãos trêmulas.
— Não é verdade!
Digo á mim mesmo após pensar que é praticamente impossível.
Não pode ter sido isso.
Não com ela.
Mas o que fazer? Me sinto perdidamente em um abismo repleto de dúvidas que não me abandonam, se eu pudesse voltar no passado e ver tudo aquilo mudar...

Percebo que ela cai no chão. Adam a empurra, provavelmente por mandato da Abbie. Sinto uma onda de raiva pulsar sobre mim, corro em direção a ele e o viro. O deixando cara a cara comigo.
— Quero que me dê uma razão boa para não quebrar sua cara!
Todos do intervalo fitaram a briga, mas ignorei quem estava gritando, só queria acabar com aquele cara o mais rápido possível.
— Ah qual é Payne! – Adam me empurra – Você vai deixar de ser esquisitão pra ser valentão por causa de uma esquisitona? Ah. É. Vocês combinam – ele ri da própria piada.
Sinto mais raiva pulsar. Fecho as mãos pronto para socar sua cara.
— OLHA AQUI SEU MERDA... – grito, olhando em seus olhos – VOCÊ NÃO SABE COM QUEM ESTÁ SE METENDO, E NEM O QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER! – engulo
— Vem – ele diz, tranquilamente e rindo.
Sinto mais raiva ainda, e logo soco a cara dele, fazendo  sangue escorrer por todo o seu nariz.
Ele levanta a cabeça, apreciando a dor.
— É só isso que pode fazer? – ele disse ainda tranqüilo.
— Não me desafie.
Ele me dá outro soco, fazendo a marca de seus dedos ficarem em meus olhos.
Faço força para enxergar.
Sinto uma raiva incontrolável.
Dou-lhe uma sessão de socos, até o ver cair no chão, e o chuto, o xingo, até descontar a minha raiva.
Até ver o pátio da Boarding cheio de sangue.

Ele não sabe o que eu sou capaz de fazer.
Ninguém sabe.
***

— Vamos Payne! Dê-me um bom motivo para eu não te expulsar. – Romanini me encara.
— Simples... – o fito com raiva.
— O que?
— Me expulse. Seria muito legal ver em todas as manchetes de Londres, em todos os sites... – rio – Uma das melhores escolas de Londres, espera... Uma das melhores escolas do mundo com um aluno... Semi-assassino? Você não sabe os meus motivos senhor Romanini. Ninguém sabe. E talvez, eu não seja um semi-assassino. Talvez eu seja um assassino.
— Você é um monstro Liam James! – ele engole seco. Me acabo de rir.
— Ainda bem que você sabe. Sou alguém que ninguém desejaria ao lado. Talvez, mas bem talvez, eu possa fazer algo contra você.
— Você não seria capaz disso Payne...
— EXPERIMENTA, MEU IRMÃO! – grito – EXPERIMENTA!
Respiro ofegante, ainda suado.
— Eu posso te processar...
— VAI EM FRENTE, MANÉ! VOCÊ ACHA QUE NINGUÉM AQUI SABE... – bato na mesa com força – QUE VOCÊ É MAIS UM ALCÓOLATRA, QUE BEBE TODOS OS DIAS E PAGA PROSTITUTA PRA TE SATISFAZER!
— Como você sabe disso?
— EU NÃO TE DISSE? – ainda grito, o encarando – SOU MAIS DO QUE VOCÊ PENSA. – rio – VOCÊ ACHA QUE EU PRECISO DE PROSTITUTAS QUE NEM VOCÊ? – rio mais ainda – VOCÊ É UMA RÉPLICA DE HOMEM, senhor Romanini – vou diminuindo o tom de voz –
— VOCÊ SÓ TEM DEZESSEIS ANOS – ele avança em mim, gritando.
— EU TENHO DEZESSEIS ANOS SIM, MAS SOU MAIS HOMEM QUE VOCÊ! – bato no peito, praticamente estourando minhas cordas vocais de tanto gritar.
— Vá embora.
— Ficou com medinho o neném?– rio cada vez mais – Eu vou, mas eu volto na hora que eu quiser, gostosão Elliot Romanini – gargalho e saio da sala.
***
Não sabem nada sobre mim, repito cada vez mais... Ninguém sabe.

Dei um jeito de continuar, lindas

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