“Chorei três horas, depois dormi.
Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar,
quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque
atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei
preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo,
total."
Caio Fernando Abreu.
Caio Fernando Abreu.
P.O.V’s
Depois que todas aquelas
aulas chatas passarem-se em vão, finalmente o intervalo chega. Finalmente em
certa parte. Eu, depois de tanto continuar, parei de chorar e a situação já
estava com algum controle.
Caminhei até o pátio
grande e me direcionei até a mesa de Matt. Acho meio esquisito a denominar
assim porque lá não tem nenhum dono. Creio que seja por exatamente isso que
tenha a mistura de estilos. Ouviam de Justin Bieber (Abbie) á uma coisa mais
pesada como Beatles (Andrew) ou Evanescence (Obviamente, Zoe) eu, ultimamente
me deixava levar pela música que condiz com meus sentimentos. Não estava com
nenhuma fome, por isso não passei no refeitório.
— Oi – Andrew diz
baixinho.
Todos se entreolham.
— Oi. – Respondo um pouco
mais alto com um sorriso no rosto.
Liam Payne
P.O.V’s:
Acordo
de meus devaneios, e paro de fitar a garota como se ela fosse a única coisa do
mundo. Engulo seco, o sinal soa, corro para o vestiário masculino.
Tiro os fones. Coloco as
roupas de Educação Física. Entro na quadra e não consigo parar de prestar
atenção no campo feminino. O jogo começa. Coloco-me em posição, coloco os fones
e coloco qualquer música do 50cent que me faça prestar atenção no jogo. Começo
o basquete, e de cara faço uma cesta.
Ao a aula terminar, corro
para o pátio e passo na cantina, pegando uma garrafa d’água e voltando para o
vestiário a bebendo. Na metade do caminho, quase me engasgo ao vê-la chorando.
Sinto um vazio aqui dentro. Minha vontade é de colocá-la em meus braços e
niná-la, dizendo que tudo ficara extremamente bem.
Mas simplesmente passo
reto como se nunca tivesse á visto. Vou até o vestiário e troco de roupa,
caminho para o intervalo, que é o próximo horário.
A vejo na mesa de Matt,
conversando com Andrew. Aquilo me deixa tão machucado que uma dor em meu
coração me domina.
Não era um tipo de coisa
de realidade, que você se apaixona conhecendo alguém. Eu não estava apaixonado
por ela, mais a via de um jeito tão esquisito. Sem contar como ela anda
tristonha, parece que ela é um espelho. Uma versão feminina de mim.
Lutar contra os encantos
da Abbie está sendo mais difícil do que nunca, mas preciso recuar, mas cá entre
nós: parece impossível!
Ele me segue aonde eu
vou, não importa se eu já tenha cedido uma vez, ela demonstra querer mais.
Estou prestes a cair de novo, ainda mais com essa cena do nerd da escola
falando com ela. Ela deve me achar um idiota, um retardado... Chego próximo á
isso.
Pego minha bandeja e vou
para a minha mesa, a fitando, como eu fazia desde o dia que ela chegou. O que
eu não entendo, é porque não consigo agir com ela como se eu fosse uma pessoa
normal... Sinto que sou culpado por ter feito ela sofrer de alguma forma no passado, sinto a
consciência pesada. Mas creio que a única coisa cruel, maldosa que já fiz, não
foi em direção á ela.
É isso. Sinto uma onde de
pensamentos vir em minha cabeça, uma onda de hipóteses, uma culpa cai sobre
mim, suor. Mãos trêmulas.
— Não é verdade!
Digo á mim mesmo após
pensar que é praticamente impossível.
Não pode ter sido isso.
Não com ela.
Mas o que fazer? Me sinto
perdidamente em um abismo repleto de dúvidas que não me abandonam, se eu
pudesse voltar no passado e ver tudo aquilo mudar...
Percebo que ela cai no
chão. Adam a empurra, provavelmente por mandato da Abbie. Sinto uma onda de
raiva pulsar sobre mim, corro em direção a ele e o viro. O deixando cara a cara
comigo.
— Quero que me dê uma
razão boa para não quebrar sua cara!
Todos do intervalo
fitaram a briga, mas ignorei quem estava gritando, só queria acabar com aquele
cara o mais rápido possível.
— Ah qual é Payne! – Adam
me empurra – Você vai deixar de ser esquisitão
pra ser valentão por causa de uma esquisitona? Ah. É. Vocês combinam – ele
ri da própria piada.
Sinto mais raiva pulsar.
Fecho as mãos pronto para socar sua cara.
— OLHA AQUI SEU MERDA...
– grito, olhando em seus olhos – VOCÊ NÃO SABE COM QUEM ESTÁ SE METENDO, E NEM
O QUE EU SOU CAPAZ DE FAZER! – engulo
— Vem – ele diz,
tranquilamente e rindo.
Sinto mais raiva ainda, e
logo soco a cara dele, fazendo sangue
escorrer por todo o seu nariz.
Ele levanta a cabeça,
apreciando a dor.
— É só isso que pode
fazer? – ele disse ainda tranqüilo.
— Não me desafie.
Ele me dá outro soco,
fazendo a marca de seus dedos ficarem em meus olhos.
Faço força para enxergar.
Sinto uma raiva
incontrolável.
Dou-lhe uma sessão de
socos, até o ver cair no chão, e o chuto, o xingo, até descontar a minha raiva.
Até ver o pátio da
Boarding cheio de sangue.
Ele não sabe o que eu sou
capaz de fazer.
Ninguém sabe.
***
— Vamos Payne! Dê-me um
bom motivo para eu não te expulsar. – Romanini me encara.
— Simples... – o fito com
raiva.
— O que?
— Me expulse. Seria muito legal ver em todas as manchetes de
Londres, em todos os sites... – rio – Uma das melhores escolas de Londres,
espera... Uma das melhores escolas do mundo
com um aluno... Semi-assassino? Você não sabe os meus motivos senhor Romanini. Ninguém sabe. E talvez, eu não seja um
semi-assassino. Talvez eu seja um
assassino.
— Você é um monstro Liam
James! – ele engole seco. Me acabo de rir.
— Ainda bem que você
sabe. Sou alguém que ninguém desejaria ao lado. Talvez, mas bem talvez, eu
possa fazer algo contra você.
— Você não seria capaz
disso Payne...
— EXPERIMENTA, MEU IRMÃO!
– grito – EXPERIMENTA!
Respiro ofegante, ainda
suado.
— Eu posso te
processar...
— VAI EM FRENTE, MANÉ!
VOCÊ ACHA QUE NINGUÉM AQUI SABE... – bato na mesa com força – QUE VOCÊ É MAIS
UM ALCÓOLATRA, QUE BEBE TODOS OS DIAS E PAGA PROSTITUTA PRA TE SATISFAZER!
— Como você sabe disso?
— EU NÃO TE DISSE? –
ainda grito, o encarando – SOU MAIS DO QUE VOCÊ PENSA. – rio – VOCÊ ACHA QUE EU
PRECISO DE PROSTITUTAS QUE NEM VOCÊ? – rio mais ainda – VOCÊ É UMA RÉPLICA DE
HOMEM, senhor Romanini – vou diminuindo o tom de voz –
— VOCÊ SÓ TEM DEZESSEIS
ANOS – ele avança em mim, gritando.
— EU TENHO DEZESSEIS ANOS
SIM, MAS SOU MAIS HOMEM QUE VOCÊ! – bato no peito, praticamente estourando
minhas cordas vocais de tanto gritar.
— Vá embora.
— Ficou com medinho o neném?–
rio cada vez mais – Eu vou, mas eu volto na hora que eu quiser, gostosão Elliot
Romanini – gargalho e saio da sala.
***
Não sabem nada sobre mim,
repito cada vez mais... Ninguém sabe.Dei um jeito de continuar, lindas
uaau continua logooo rsrs
ResponderExcluirxxNatália
Ai que lindaaa <3 lógico que continuo logo logo
ExcluirCaraca Velho ...Tá D+ Continua Logo!!!!!
ResponderExcluir#MORRIDA ai que lindaaaaaaaaaaaaaa <3
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