Capítulo 15 - The love won

                                                          Você não consegue ver que está me sufocando?

                                                                                     Linkin Park

***

– Isso só pode ser mentira. Aliás, tenho certeza que é. – Zoe pega a bandeja.

– Eu tenho certez...

Subitamente SeuNome sente um arrepio, procrastinando o término de sua frase.

– O que aconteceu? – Zoe coloca uma maçã em sua bandeja.

– Como se não bastasse sentir aquilo quando o toco, agora ao falar dele sinto coisas esquisitas.

– SeuApelido, olha, você precisa de um psicólogo – Zoe retira a bandeja da fila.

– Quem precisa de psicólogo é você! – SeuNome retira a bandeja da fileira, caminhando até a mesa – Eu não uso lentes vermelhas de gato, visto roupas pretas, passo batom preto, não uso sombra preta pro dia e muito menos escuto Evanescense, Kiss e outras coisas esquisitas.

– Red hot chili pepers, Linkin Park, Nirvana, Foo Fighters... Guns n’ roses também.

– Que seja. Quem precisa é você – SeuApelido senta-se.

– Oi SeuNome – Andrew arruma os óculos.

– Dre! – Zoe o fita – Que cabelo de gay é esse?

Andrew abaixa a cabeça, voltando a esconder o PSP que estava em suas mãos.

SeuNome crava os dentes em seu pão de forma integral – depois das neuras do Liam ela decidiu ficar mais bonita –, e caça a mesa sempre solitária de Liam. Ele estava lá.

Virou-se novamente ao perceber que ele também a fitava.

– MENTIRA! – Amber abaixa o livro em sua mão, hoje Sangue Quente. Era imprescindível alguém ler mais rápido que ela. – Você tem certeza SeuNome? Olha, Zoe, e Dre também que é apaixonado pela SeuApelido...

– Cala a boca – Andrew não tira os olhos do videogame portátil.

– E o Dre também que é apaixonado pela SeuApelido, – Amber repete em um tom diferente – mas eu acho que é verdade sim, gente! Ele não tira os olhos da SeuNome...

SeuNome para de prestar atenção e se vira para Liam. Seu olhar entrega tudo. “Porque foi embora?”, e ele nega com a cabeça, dizendo inaudível: “Eu avisei para manter distância. Sinta isso!”.

SeuNome mal termina de similar o que seus lábios gesticulavam e sente um vento gélido bater sobre o rosto. Sente uma coisa súbita.

O mundo inteiro sumir de uma forma surreal. E seu corpo começa a tremer descontrolável, seu rosto suava. Uma energia ríspida tomava conta de seu ser, e ela sentiu que flutuava. Seu corpo entorpece e contorce, ela sentia presenças horripilantes.

E logo sente seu corpo dobrar, seus ossos serem despedaçados, um tris da morte súbita e esquisita, e ouve vozes acompanhadas de imagens esquisitas.

– ACABOU, ANDREW! ACABOU.

– Já falei para você me chamar de André, esse nome não é comum aqui, MAS ESCUTA, ME ESCUTA SEUNOME. EU JURO QUE EU NÃO TE TRAÍ. EU JURO, ELA QUE VEIO! ME ESCUTA POR FAVOR!

– SÃO TRÊS ANOS ANDREW! TRÊS ANOS JOGADOS FORA?

SeuNome sente a aparência ríspida de Andrew tornar-se tristonha.

Vê que ele não tem mais argumentos e atravessa a grande rua, cega pelas lágrimas. E mal percebera que havia um carro em sua direção. Não deu tempo de nada, somente tempo de jogar os braços para amortecer a queda.

Agora André pôde sentir na pele o mais horrível. Perdê-la.

SeuNome sente aquela energia ir embora e começa a respirar ofegante em meio a lágrimas. Resquícios da dor ainda a dominavam.

– SeuNome! SEUNOME! – Ouvia ruídos de Zoe. – ACORDA.

SeuNome vê o mundo voltar rapidamente, e a dor escapar como se jamais sentira. Fita a mesa quebrada. Quebrada literalmente. Bandejas partidas, colheres torcidas.

A escola inteira a sua frente, a fitando.

– Eu... Estou bem – SeuNome seca os resquícios de suor e fita Liam. Atônito em seu lugar. Como se não houvesse cometido nada.

– C-como você fez isso? – Amber chora e gagueja, fitando seu livro despedaçado em mil pedaços no chão -  c-como fic-cou assim?

– Você tá bem? – Andrew corre para socorrê-la.

– Andrew, você usa óculos... – SeuNome fita.

– Eu sempre usei. Do que está falando?

A memória de SeuNome vai retornando, e ela sente um medo incontrolável acompanhado de tremor preencher seu corpo.

– Pessoal... – ela tenta controlar a voz – Eu fiz tudo isso?

Zoe diz:

– Não literalmente. É melhor do que um filme de terror! Você pratica ilusionismo ou mágica? Isso é irado.

– Isso valeria uma reportagem! – Matt tira fotos. – Mas... Você está bem, né? – ele desliga a câmera.

– EU FIZ ISSO? – SeuNome se desespera.

– Lógico! Não se faça de esquecida. – Zoe a fita estranhamente. – Apareceu sangue aí do nada!

SeuNome desiste de procurar explicações e percebe que está sentada e caída no chão, com sangue por suas pernas. Passa a mão sobre a testa e encontra mais. Logo vê uns caras de branco a pegar no colo e colocar sobre uma maca.

Ela estava indo para uma ambulância.

Sem motivo.

Ou com muitos motivos.

***

– Não aconteceu nada. – Um homem de branco relata á um homem preocupado. Pai de SeuNome.

– Como não? Minha filha estava com... sangue.

– Não ocorreu nada senhor. Deve ter ocorrido uma leve queda. Sua filha não aparenta estar com lesões ou reações débeis. Está tudo bem. Inclusive eu achei muito esquisito ao ver os machucados irem desaparecendo. Isso é um caso único. Imprescindível. Acho que nunca houvera nenhuma recuperação tão imediata na história da medicina. Acho que sua filha bateu um recorde! – O médico faz uma piada para aliviar o clima tenso. Não funciona, o pai permanece atônito – Enfim... – o médico retoma o tom de seriedade – Mas é óbvio que ainda existem resquícios de fraturas, que são leves. Ela já está liberada.

Olá. Dei um jeitinho sem ser escondido. Minha mãe ficou com dó e deixou. Queria colocar mais coisas mas não deu. Espero que tenham gostado e comentem muito para eu dar um jeito de continuar. Me digam o que acharam e o que acham que vai acontecer.  LOVE YOU ALL!