Capítulo 13 - The love won

"Também acho uma delícia quando você esquece os olhos em cima dos meus.”

Chico Buarque

A menina ignorou o que avisaram, deixou o menino agir, consciente de que ele podia machuca-la de uma forma única. Uma forma crápula. Sua mente era uma bela salada. Resquícios da sensação amedrontadora ainda tomavam conta de seu corpo trêmulo.

O sinal soa em um desagradável tom. Ela ajusta os fones de ouvido e caminha pelo grande pátio rumo ao corredor de sua sala de aula. Joga um mísero olhar para Liam, para observar quais eram suas reações. E se ele ainda estava com Abbigail. – e o resultado fora óbvio: não.

Era imprescindível entende-lo. Ele agia de forma esquisita, tristonha mais ao mesmo tempo tão... mal, como se quisesse abominar todos. Principalmente manter a maior distância possível dela.

– Bom dia. Espero que tenham estudado para a prova de fisiologia.

***

No final da manhã, a garota caminhara pelo estacionamento, provavelmente procurando o de Zoe. Varre o estacionamento e encontra Zoe adentrando em um. Corre.

– Zoe, será que você poderia me dar uma carona?

– E seu pai?

– Eu não quero ir para a minha casa.

– Está maluca? Onde vai?

– Você sabe onde fica a casa de Liam Payne?

– O esquisitão lá da sua turma?

– Isso. Preciso que me leve até lá, não é tão difícil, por favor!

– Tudo bem. Mas se você encontrar um revólver ou drogas não se meta com isso.

A menina engole seco.

– SeuNome! É brincadeira. Vamos. Entre logo antes que eu desista.

SeuNome adentra no carro, observando as ruas frias e chuvosas do dia.

Ao contrário do que ela pensava, era uma casa simples. Havia uma mulher regando o jardim. Aproximou-se.

– A senhora é parente de Liam Payne?

– Sim. Sou sua mãe.

– Prazer, SeuNome.

– Karen – estende as mãos.

– Ele está?

– Não, ainda não chegou da escola, você é alguma amiga dele?

Não.

– Sim, sim! Somos  melhores amigos.

– Puxa, Liam não costuma ter muitos amigos, então acredito que você seja especial. Quer entrar e comer um donut ou um browie?

– Sim! Eu iria adorar!

– Siga-me.

SeuNome sorri, assentindo. E segue a mulher. A casa era comum. Não tinha nada de horripilante. Absolutamente nada.

SeuNome imaginava canivetes, revólveres, drogas... Bebidas, sangue... Mas era uma casa comum. De um adolescente londrino comum. Com uma mãe comum e simpática. Era tudo impressão. Afinal, aonde sua cabeça estava? Essas casas anormais só encontramos em filmes.

– Está aqui – Karen liberta a menina dos devaneios a entregando um donut e uma xícara.

– Muito obrigada – sorri, cravando os dentes na grande rosquinha com chocolate e granulados.

– Porque Liam nunca me contou sobre você?

– Acho que ele tinha um certo medo.

– Aquela que estava no carro é sua mãe?

– Não. Era a Zoe, uma amiga minha. Minha mãe... – engole seco – Morreu tem uns meses. – sente uma lágrima brotar.

– Oh, me perdoe. Eu não sabia. Meus pêsames. Será que você tem coragem de me contar como?

– Acho que sim. Eu não morava aqui, eu morava no Brasil. E aí um dia eu entrei na casa e fui completamente molhada por sangue. A casa estava repleta de sangue. Ela já não estava lá. E tudo daquele lugar a lembrava, e meu pai decidiu vir pra cá, e hoje estou aqui. A justiça de lá não é muito boa, por isso ainda não prenderam o assassino.- sente uma lágrima cair.

– Meu Deus, que crueldade.

– Mas ás vezes eu acho que ela não está morta. Eu sinto que ela está viva. Sei lá.

– Você parece ser uma boa moça!

– E a senhora... Uma boa... É... Mulher - sorri.

***

– SeuNome, você é uma peça – Karen ri cada vez mais.

SeuNome ri.

– Liam está demorando para chegar...

SeuNome ouve o barulho da porta ser aberta.

Droga.

Sente o rosto queimar.

– Filho, uma amiga sua veio nos visitar.

Liam dá passos firmes até a cozinha, e encontra SeuNome. Seu coração palpita.

SeuNome pensava que ele iria gritar, manda-la embora, mas muito pelo contrário.

– SeuNome... – ele sorri – Que tal irmos pro meu quarto, jogar videogame ou estudar para a segunda prova de fisiologia.

Ela tinha que dizer sim para as coisas não ficarem piores.

– Claro, SeuNome, vamos para cima, estudar, conversar, não é? Porque é isso que grandes amigos fazem – sorri.

SeuNome sente uma ponta de medo, mas decide assentir.

– Claro, vão sim. – Karen sorri.

Então SeuNome se levanta, Liam sorri e pega em sua mão, provocando aquela sensação maravilhosa. SeuNome ainda estava com medo de acontecer a outra sensação. Mas não soltou, era bom demais para soltar.

Então eles subiram as escadas e entraram em um quarto com a porta branca. Ele abriu, e os dois entraram. Ele fechou a porta, e ele soltou sua mão, o que fez com que os dois respirassem ofegantes graças a tanto conforto.

Ao contrário de sempre, ele não a ignorou, eles riram, conversaram, normalmente.

***

– Essa música é bem antiga – SeuNome observa Liam ligar o rádio.

– Eu gosto. Quer dançar? – Sorri e caminha em direção à garota.

– Acho melhor não, não sei dançar esse tipo de música.

– Sem problemas, eu te ensino, só precisa... – ele para de falar, caminhando em sua direção.

Ele coloca o braço em sua cintura, a puxando mais pra perto, entrelaça as  mãos nela, e ela coloca os pés em cima dos de Liam. (exemplo)

A dança era só mais um detalhe pela sensação que eles estavam sentindo, era uma coisa tão boa, olhos nos olhos, respiração ofegante e a música lenta tocando no fundo.

– Porque foge de mim? – SeuNome sussurra e engole seco diante daquela energia tão boa.

– Eu... – ele sussurra – Não vou mais fugir – passa as mãos pelos seus cabelos.

Ele encara seus olhos, e então as palavras somem. Olhos reluzentes, magníficos e encantadores. Ele se aproxima, deixando seus lábios a milímetros de distância.

Ele coloca as mãos em seu rosto, ela fecha os olhos.

Mas pelo visto, será impossível.

Olá, *3* tudo bem? Então gente, vocês viram Best Song Ever?Eu quase morri. Três anos :'). NOSSOS MINOS <3. Minha crise de existência tá passando, mas meu notebook ainda nada. Eu tenho que brigar com meu irmão, vocês não tem ideia. E eu também estou com ressaca escriturária (eu que inventei) T-T. Mas hoje tá passando. Espero que gostem e comentem pra eu continuar rápido (brigando pra conseguir usar o pc dos outros aqui de casa mais vou t-t)