Oi. Não sei como dizer isso sem parecer uma pessoa inútil, mas espero que leiam. Durante as últimas semanas, parei de escrever fanfics. Finalmente aceitei o fato de que isso não é pra mim. E ao invés de falar logo, procrastinei, pensando que logo minha vontade de voltar apareceria. Mas ela não apareceu. Aliás, nunca existiu.
Quando eu pedi permissão pra Gabs, pensava que tudo iria dar certo; que eu iria voltar a escrever imagines como quando eu tinha lá meus doze anos de idade. E não voltei. Como desenvolvi e consequentemente amadureci, passei a torcer o nariz lendo o que eu escrevia. CM é uma fanfic antiga, só a continuei depois de meses, e saiu uma merda, já que misturei com o meu projeto, um original que postarei como web (o tumblr ainda não está pronto, então não passarei o link). No fim das contas, nem sei qual é a moral da história.
Isso não é pra mim. Não tenho tempo de escrever imagines, e nem gosto mais. Quando tenho tempo livre e fora dos estudos, escrevo coisas originais. Eu sou tão idiota que sonho em ser escritora, e não em ter um blog de imagines famoso.
Sinto muito por isso, e prometo que assim que sair do castigo que estou irei mandar tweets pra Gabs justificando tudo e dando ela a liberdade de me excluir daqui.
Se por acaso (EU DUVIDO MUITO) vocês quiserem continuar à me acompanhar na internet, há uns dias criei um blog especial e pessoal, o Readaptar.
Foi legal postar alguns capítulos. Adeus, Directioners. Só porque parei de escrever sobre eles não significa que minha alma de fã que sonha em conhecê-los, abraçá-los, suspirar e dizer o quanto os amo mudou.
Infelizmente, ocorreram alguns problemas em relação à fic Cicatrizes Misteriosas. Tive que ajudar minha mãe com uns problemas pessoais em relação à nossa mudança, e as coisas já estão sendo preparadas. Lá eu ficarei sem internet, então não terá como postar. Espero que entendam, e perdão pela demora.
Capítulo 4- Cicatrizes Misteriosas
—
É mesmo? E como é o nome? — perguntei, imaginando o que ela iria responder.
A única parte ruim de fazer karatê deve
ser ficar todas as aulas com a presença de Harry. Além de nunca falar nada, ele me transmite energias ruins,
como se me desse medo. Mas isso era algo que eu poderia ignorar, afinal, eu
realmente gosto de lutar, o prazer de fazê-lo deve ser melhor do que aturar
Styles.
— Harry Styles. Coitado, Des me disse que
desde a morte de uma quase namorada,
ele passou a ficar mais quieto. Des também me disse que os alunos repugnantes
da Constance o apontavam como o suspeito... Loucos, não?
— Aquela escola pode ter se desenvolvido
no último ano, mas os alunos a destroem... Todos são divididos, sabe? Se você
tem o tom de pele um pouco mais escuro, já deveria sentar-se à mesa dos
excluídos. Se não fosse o ótimo ensino, minha bolsa de estudos e... — Dave — meus amigos — engoli a seco — eu
já teria saído de lá. Se tiver uma coisa que sinto falta, é a mistura doida do
Brasil. Lá eles não se importam tanto assim com sua cor, muito menos com o tipo
do seu cabelo... Eles até se importam, mas menos do que aqui, se é que me
entende. Aqui, a cada esquina você encontra alguém loiro e perfeito, lá, a cada
esquina você encontra pessoas diferentes. Cabelos pretos, pele morena, e pra
misturar, lindos olhos azuis... Já acham estranho eu ser brasileira... Se eu
não tivesse o cabelo ondulado, eu seria esquisita. — falei mais do que deveria,
soando como um desabafo. Eu era a favor dos direitos iguais.
— Não é? Mas, veja pelo lado bom: o ensino
daqui é ótimo. Você vai conseguir ser uma ótima profissional, e ganhar mais do
que ganharia lá.
—
Tem razão. Mãe, eu tenho alguns exercícios de química para fazer, será que
poderia me dar licença?
— Claro. Qualquer coisa é só me chamar. E
ah, seu pai quer falar com você assim que chegar do trabalho...
— Padrasto.
Já não bastava Nathan na semana passada, insistindo em repetir isso, agora
você? Ninguém jamais vai tampar o buraco que o papai deixou, mãe. Ninguém. —
subi as escadas correndo, irritada.
Quando terminei os exercícios de química,
você sabe, tentei de qualquer forma ter um contato com Dave. Mas, como já era
previsto, ele não queria saber de mim.
***
Meu primeiro dia no trabalho chegou. Saí
da escola assim que pude, ignorei o convite de Dave para ir até sua casa,
ignorei Lana e suas neuras, e combinei com Patrick de irmos juntos. Ouvi o soar
da campainha e seus berros, reclamando de alguma coisa errada no meu uniforme.
Ignorei mais uma vez, e cheguei um pouco cansada, enquanto Patrick dizia que caminhar todos os dias era ótimo, porque
além de ficar com o corpo bonito, você poderia observar de perto os gatinhos
andarem.
— Você deve ser a nova garçonete. — disse
um homem, que estendeu a mão para mim. Ele parecia ter uns quarenta anos, e
trajava uma blusa social, calças jeans e um sapato social.
— Sim, prazer, SeuNome Miller.
— É melhor que não durma em serviço. Você
ganhará três dólares por hora. E é isso. Pode ir até o balcão e começar. As
garçonetes antigas podem te ajudar — disse, com tédio, e eu
apenas assenti. 15 dólares por dia é algo legal — pensei.
Assim que o homem se distanciou, ouvi
Patrick resmungar:
— Ganhamos uma merreca aqui. Eu ainda ganho
mais que você, porque sou antigo, mas, ó, céus, é uma porcaria ter que estragar
as mãos para ficar carregando bandejas. Acredita que só esse mês usei quatro
potes de hidratante? — fez cara de indignação, e eu não pude conter uma risada.
— Sabia que o gato do Styles trabalha
aqui?
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Infelizmente o capítulo 4 foi mais curto do que eu esperava, peço perdão, pois essa semana foif*da pra mim. Tive que ir concertar meu cabelo, caí no meio da rua (na frente de todos os meus melhores amigos homens) e fiquei toda ralada, e hoje pra piorar acordei com uma dor de cabeça infernal e no corpo. Tomei UM comprimido de lisador e capotei na cama, acordei lá pras três da tarde, e pra piorar, ainda dolorida. Sem contar que ainda tô planejando a web de C.M, então fiquei confusa nos acontecimentos da fic misturados e pá. E sem contar também que tem os estudos né, e também tive que ir pra um psicólogo por neuras da minha mãe. SEM CONTAR TAMBÉM que amanhã é o aniversário da Mani então fiquei desesperada desde ontem toda dolorida na frente do pc escrevendo um texto pra ela e mandando tweets adoidadamente e adivinhem.............. Ela não me notou. Desculpem aí, blz? Love yaa ♥
Infelizmente o capítulo 4 foi mais curto do que eu esperava, peço perdão, pois essa semana foi
Cicatrizes Misteriosas - Capítulo 3
"Volte para pegá-lo. Você não vai conseguir ir muito longe sem ele".
Sábado; 18 de junho;
O despertador
tocou. Um alívio percorreu meu corpo quando me toquei que era sábado. Pelo o
que eu pude espiar através da janela, era um dia frio, e o sol não quis ficar
em evidência. Meu quarto cheirava produtos de limpeza. Tenho quase certeza de
que ontem à noite minha mãe resolveu arrumar tudo para mim, e por alguns
segundos fiquei arrependida de não ajuda-la. Se bem que minha mãe não tinha
nenhum passatempo além de administrar a casa, isso desde que meu pai morreu.
Senti uma pequena dorzinha ao lembrar. Eu não sei ao certo o que aconteceu, não
faz tanto tempo assim, mas simplesmente aconteceu.
Espreguicei-me,
e assim que consegui me acostumar com a claridade, fitei o teto por um bom
tempo. Pôsters estavam presos nele. Várias bandas que eu gostava quando tinha
quatorze anos. Hoje, pra mim tanto faz. Costumo ouvir no ipod músicas que Lana
coloca sem nem saber o nome.
Levantei-me
da cama, e fui em direção ao espelho. Por curiosidade de voltar ao passado, o
abri. Tomei um susto ao encontrar coisas. Segredos, para ser mais exata.
Calmantes, antidepressivos, lâminas, uma fita métrica, e cocaína — que a
propósito, eu nunca tive coragem de ingerir.
Eu não
quero procurar explicações para o que um dia eu fui. Só achei curioso o fato de
eu ingerir tantos remédios por vontade, e hoje contra. Com os olhos marejados,
apenas reuni tudo em uma pequena caixa e joguei na lixeira. Logo após, me
despi, e tomei uma ducha quente.
Assim que
saí, procurei uma roupa confortável e velha. Uma calça de moletom cinza, uma
regata qualquer e uma blusa de frio azul escura. Quando terminei de me vestir,
fui em direção ao espelho e comecei a pentear meus cabelos. Passei a mão no
canto direito de minha testa, e encontrei lá uma cicatriz. Eu a odeio, e tenho
desde quando era criança. Ela é bem pequena, então não chama atenção, mas eu
seria grata se ela sumisse dali. Penso assim: não importa o que seja, carregar
no corpo as marcas de uma dor passada te faz pior ainda. Os machucados de
segunda ainda estavam ali, mas já não doíam tanto. Eram pequenos arranhões, eu
tinha certeza de que não ficariam ali por muito tempo.
Continuei
a pentear, e quando terminei, calcei meus chinelos — os mesmos que minha avó
trouxe do Brasil —, saí do meu quarto e desci as escadas.
— NÃO,
RAIDEN, NÃO! Qual é? Mostre que é capaz de derrotar esse otário — ouvi
Peter dizer, apertando os botões do controle de seu videogame rapidamente,
assim que alcancei a sala.
— Quem te
ensinou a xingar? — perguntei, segurando uma risada e cruzando os braços —
Aliás, por que está acordado à essa hora?
— Foi o
Daniel, ué — deu de ombros — A culpa não é minha. E eu acordei porque eu tive
um pesadelo muito assustador... — soltou o controle de seu videogame e me
fitou. Suas bochechas estavam coradas, e ele parecia estar nervoso.
—
Assustador, é? E por acaso nesse pesadelo tinha o Raiden? E por acaso ele
precisava derrotar algum “otário”?
— Sim —
riu. Fui até ele e comecei a fazer cócegas. Crianças sempre procuram enxergar o
lado bom dos fatos e se apoiar em alguém que possa protege-las. Eu queria
ter coragem de fazer os dois.
— Quer que eu faça seu café da manhã?
— Quero
achocolatado. — sorriu. Assenti e caminhei até a cozinha.
Antes que eu
possa começar a lavar as louças, vi Daniel descendo as escadas.
— Já está
pronto, Peter? Sua aula começa às nove em ponto. — Peter fazia algumas
atividades extracurriculares, como natação e judô. Fitei Daniel, perguntando-me
se ele não iria me desejar ao menos um “bom dia”.
Ele me encarou
de volta, e eu tentei sorrir. Ele permaneceu estático, enquanto Peter subiu as
escadas para ir se preparar.
— Bom dia,
Daniel… — eu disse, tentando puxar um pouco de conversa.
— Bom dia,
SeuNome. — ele respondeu, sem reação.
— Me desculpa…
— abaixei a cabeça, e larguei as louças na pia, subindo as escadas correndo.
Peguei meu
celular e disquei o número de Lana, que não atendera. Logo após tentei o de
Jenn e, novamente, nada. Por fim, disquei o número de Patrick e ele atendera.
— Por que
diabos você resolveu me acordar à essa hora? Eu estava sonhando com o Keegan Allen, ah, por favor!
— Bom
dia. — ri — Eu estava pensando, que tal irmos ao shopping? Você sabe, meu
cartão de crédito e tal — qualquer coisa seria melhor que ficar nesta casa.
— Nos
encontramos na praça. Vou pedir para a Lana ir conosco. — sua empolgação era
nítida.
—
Eu acabei de ligar para ela, mas não atendeu… — disse enquanto ia em direção ao
guarda-roupa procurar algo legal.
—
Alô-ou! Eu, Patrick vou ligar. Se ela não quiser nos levar eu
assalto o carro dela, entendeu?
—
Tudo bem então, senhor Patrick superior. Nos vemos na praça. —
desliguei.
A
praça ficava à apenas três quarteirões dali, eu conseguiria ir à pé. Coloquei
um vestido de alças e uma sapatilha, deixei o cabelo solto e liso do jeito que
estava, passei apenas um gloss e um lápis de olho preto. Em meus pulsos a minha
pulseira preferida estava lá. Imediatamente lembrei de quando Styles me
devolveu. Aquela foi a única vez em que ela saiu dali. Suspirei e desci as
escadas novamente.
Cheguei
na praça algum tempo depois. Sentei-me em um banco ao lado de um senhor que
aparentava estar na faixa dos setenta anos, esperando Patrick chegar. O senhor
jogava grãos para os pombos, sorrindo quando algum bicava.
— Quer? — perguntou, apontando um saquinho com poucos grãos.
— Não, obrigada. O senhor tem pouco, não quero pegar tudo — sorri.
— Pode pegar. Pode ser pouco, mas alimentar os animais com este pouco me
faz feliz. Quantidade não significa felicidade, não é mesmo? — sorriu, e voltou
a jogar comida para os pombos.
— É. Quando se tem amor, nada importa. — eu não tinha certeza disso, mas
disse apenas por dizer.
— E o seu amor, onde deixou? — perguntou, ainda sem tirar os olhos dos
pombos.